sábado, 6 de abril de 2013

Temperos da natureza

A imagem que ilustra a introdução do nosso blog retrata detalhes da folhagem de uma parreira, ou videira, em pleno auge do seu ciclo produtivo.

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Esta trepadeira da família das Vitaceae, denominada Vitis sp. traz evidencias, já no período neolítico, do seu cultivo para a produção de vinho na região do Egito e Ásia Menor, o que faz desta uma das atividades mais antigas da civilização, conquistando notoriedade através dos séculos, gerando mitos e histórias que fazem dele, o vinho, nobre representante da química, agricultura e alta cultura.



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Em todas as regiões do planeta com clima temperado, seus produtores não descansam buscando sempre as melhores cepas para satisfazer o paladar, não só dos mais sofisticados e exigentes enólogos, como também do grande público consumidor espalhado pelo mundo.

A prática de transformar as plantas ou extrair delas seu teor para utilizá-lo com fins inimagináveis é uma atividade que acompanha a evolução da nossa espécie e, em certo período da história, já foi a grande alquimia que diferenciou, e até condenou, muitos dos seus praticantes. Hoje, com os recursos modernos, principalmente no campo da química, esta atividade vem possibilitando ao homem moderno guardar as propriedades específicas das plantas para atender necessidades em qualquer época, independente da sazonalidade das colheitas.

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Isolar um fito ativo (princípio ativo das plantas) empregando técnicas apropriadas para cada espécie é um recurso presente no cotidiano da produção de substâncias para os mais diversos fins. Perfumes, fitoterápicos, cosméticos e principalmente alimentos são os segmentos que mais apresentam novidades oriundas do reino vegetal.

A criação da linha de temperos de Cozinha Officinalis é a mais recente novidade para os amantes da gastronomia. Para profissionais ou amadores, utilizar o extrato de uma planta aromática possibilita a tão desejada concentração padronizada de ativos específicos, para obter o sabor equilibrado que se busca ao preparar um prato.

Assim como a qualidade do vinho depende do terroir, entre outros fatores, nos temperos em extrato encontramos também a padronização do sabor. Para melhor compreender este aspecto, vamos considerar o alecrim (Rosmarinus officinalis), que originalmente se desenvolveu em terrenos áridos da região do mediterrâneo, logo, a concentração dos ativos contidos nas espécies adaptadas ao clima úmido, como ocorre com outras plantas, já não são as mesmas daquelas cultivadas em seu ambiente original, podendo até variar a predominância de certos componentes.
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Se a procura do tempero seguir os mesmos cuidados que se tem ao escolher um vinho, certamente a proposta de Cozinha Officinalis atenderá as necessidades de consumidores mais exigentes, pela praticidade e qualidades organolépticas que o produto oferece, obedecendo a uma excelente relação custo-benefício. 


Fontes:
Texto: Romualdo Vicente de Ramos
Imagens: 01,02 e 04 - fotos de Bernadéte Schatz Costa
Imagens 03: http://nossovinho.com/wp-content/uploads/